27 de nov. de 2009

À motor

   Ultimamente, venho me perguntando pra que tenho esse blog, sendo que grande parte do que eu escrevo, não posto. Normalmente são coisas pra mim mesmo, não pra todos. Eu falo de mim, mas não precisa ser tanto sobre mim.

   Meu irmão chama seus posts sobre si mesmo, de auto-análises (ou autoanálises). Parando pra pensar, isso é só o que eu faço. Minhas histórias curtas, são coisas que eu achei na escrita um jeito de mostrar, meus desenhos a mesma coisa, e até as resenhas, são um jeito de falar sobre mim, já que o que eu resenho, de alguma forma faz parte de mim, é algo importante e talz.

   Falando assim, parece pretensão achar que alguém quer ler o que você escreve sobre si mesmo, sendo que isso só é interessante pra você. Mas novamente, ler uma resenha é ler parte de uma pessoa. No fim, isso só serve pra falarmos de nós mesmos.

   Ou não, essa nem era a idéia original disso. Era dizer que eu venho andando em círculos sobre como escrever. Não consigo escrever nada sobre nada, nem historinha, nem resenha, nem nada. Dae eu escrevo sobre como é difícil escrever, pra esconder a falta de inspiração/assunto/criatividade. Pelo menos isso quer dizer que, teoricamente, eu estou ou tocando melhor, ou desenhando melhor. E vale frisar, que essas são minhas únicas skills, como diria o porco.

   A pontada de amargura de ver isso sendo entregue às moscas, também é um motivador. Porra, eu fiz isso, agora tenho que ir até o fim, seja lá onde isso der.

24 de nov. de 2009

Torto

  Fico meio puto, com essa idéia de só fazer as coisas pra atingir sucesso, ganhar dinheiro e essas coisas. Claro que não dá pra viver fazendo as coisas de graça, mas se mover apenas por isso, é coisa de idiota. Não pensar se algo te agrada, ficar parado na idéia de que se isso agrada aos outros, é o que deve ser feito. Nesse caso, vale ser egoísta, e segurar tudo, até você achar que está bom. Como diria o clássico, “escreva o livro que você quer ler”. O mesmo se aplica pra tudo. Eu acho, pelo menos. Essa é uma opinião mal formada, sem pensar muito, só uma coisa que eu achei digna de um texto.

  Musicalmente, essa coisa de lapidar ao máximo, até o resultado sair agradável, é uma coisa bem difícil. Mesmo porque, o meu ótimo não é o seu, e assim por diante. Não funciona sem uma concordância. Principalmente numa concordância, em não pensar nos outros, só no que você está fazendo. Isso é uma conseqüência. Não quer dizer nada ser aplaudido por um monte de gente, por algo que você não acha bom. Vale mais não ter as luzes sobre você, mas saber que você fez o melhor que você achou possível. E que isso te agradou.

  Mais difícil, é tirar da cabeça a idéia de que é agora que as coisas devem ser feitas. O que pode ser, mas não é uma obrigação. As bandas de que eu gosto, começaram antes de qualquer um pensar em um terceiro filho. E quando eu nasci, muitas delas já tinham discos lançados. Já eram “velhos” de 20 e tantos anos. Não é tanto tempo. Tem coisas que eu quero fazer, mas às vezes esqueço que as pessoas em quem me espelho, musicalmente, tem trinta anos de experimentação nas costas. Eu tenho três, dos quais apenas um pode ser considerado realmente produtivo. Não adianta querer adiantar coisas que só o tempo vai me dar. Pode ser uma forma travada de pensar, mas pelo menos dá algum conforto.

5 de nov. de 2009

"do Absurdo"

Primo da morte, Molloy, Moya, bebê-o, é meu meu meu, babando, assistente pessoal, modernoso ao máximo, Absurdo. Volta pra casa, cachorro na porta, 10 anos. Ou 20? Herói, alegria-ce, corruptela. Compactuo, balburdia, caiu. Tonto, zero ponto cinco, facada, estranho. Faz sem ponto algum lê de uma vez não respira nem pára não pausa não dá tempo não fecha continua depois nem faz marca vírgula ponto exclama pergunta desconheço amigo é perigoso isto junta não une sim sim sim sim sim sim