22 de jun. de 2009

Vômito OU Sobre Meias e Moletons

  A vontade de escrever abstrai a falta de assunto. Às vezes é bom só esmurrar palavras alheias, pensamentos do momento, ou mesmo coisas pré-definidas, porém pouco definidas. Vai sair um pouco da nova premissa do “bróg” de resenhar e mostrar o que eu faço, os textos ruins e os desenhos que talvez logo venham, mas ei, resenhar discos que não sejam uma sonorização de selvageria brutal para com o ser humano, é difícil, e os livros não acabam para serem destrinchados. Ainda.
  Mas para que me preocupar, se esses textos são para mim e para mais uma, no mais três pessoas? E pensando assim, não precisar pensar muito nos outros pra escrever o que escrevo é até bom. Ou não.

  Enfim, venho pensando muito nos meus amigos. Como eu os trato mal e como eles me tratam mal. Óbvio que na maioria das vezes é brincadeira e, quando não é, ficamos dez minutos bravos e depois voltamos a ser tr00tas. Mas mesmo assim, é estranho o fato de um dos meus melhores amigos já ter sido alguém que eu queria evitar até o fim. Claro que ele continua sendo um baita filho da puta, mas nunca fui muito legal também. Aprender a deixar algumas coisas “passarem” e a não esperar o que eu faria, deles, me ajudou a não mandar um foda-se e não olhar mais pras suas caras. Agora no plural.
  Vale lembrar que meu plural é pouco, sendo que eu totalizo cinco amigos. Mas depois de um tempo aprendi que muita gente não tem nenhum. Só acho meio tenso o fato de não ter certeza se alguns deles vão estar lá quando eu precisar. Alguns eu sei. O problema é que acho que eles não sabem que isso pode vir de mim, e daí fica um pouco difícil de ter uma “troca” justa. Acho que fico muito ocupado falando idiotices e tentando não ser legal. Já que a) adoro irritar as pessoas, e vice-versa, no caso dos amigos e b) me conformei com o fato de que não sou legal. Daí os meus cinco amigos.
  Essa coisa de esperar o melhor das pessoas é idiotice. Ser simpático, ter interesse e ser agradável é um pré-requisito pras pessoas gostarem de você. Aparentemente, eu gosto das pessoas escrotas, sem frescurinhas pra dizer o que pensam. Óbvio que isso às vezes é ruim, pra você e para os outros. Mas no fim vale a pena. Quando você não é o único a desagradar alguém. Mas não sempre, claro. Às vezes é preciso omitir, e isso separa os escrotos legais dos escrotos realmente escrotos. Esses tipos normalmente tendem a não conseguir conversar com ninguém por dez minutos. Ou ele termina a conversa, ou o outro, sempre legal, perde a paciência e manda tomar no cu.
  Claro, também, que eu não vou dizer o que eu digo com os meus amigos a uma pessoa recém-conhecida. Seja pelo fato de nossas conversas serem uma grande piada interna muito da interna, ou pelo fato de eles serem ofensivas. Acho que dependendo da pessoa, vale a pena pensar no que falar, e ter interesse no que ela fala. Isso te rende princípios de amizades e, se a pessoa agüentar o seu verdadeiro ser, mais um amigo pra lista.
  Algumas pessoas não valem o esforço. Pode até ser pretensão, mas não valem mesmo. Faço questão de deixar claro que não gosto desses manows, e também não me interessa o apreço deles. E algumas merecem a omissão do que você está pensando, mas daí é pra evitar conflitos, ou porque você gosta dela, de um jeito ou de outro.
  Falando assim, parece que todos são uns grandes idiotas, mas não. As pessoas que me cercam são extremamente legais. Talvez por não ligarem para serem legais. Não tem cobrança da minha parte, nem da deles. Isso é ótimo, e ninguém sai “ferido” de algum comentário. No fim, nada como ter pessoas ao seu lado, ora.
  Outra coisa interessante, são pessoas que não conhecemos. Essas sempre são interessantes. E você sempre tenta ser o mais legal possível. Pra depois chutar o pau da barraca, claro. É legal conhecer alguém que você não conhece, e é legal até não conhecer quem você não conhece, mesmo querendo. Um pouco. Ver ocasionalmente, e mesmo que rapidamente, pensar no que ela pensa. Tem seus momentos. Mas é sempre ruim quando alguém não é o que você espera. É um mundo desabando, principalmente quando é alguém que você achou ser esperto. Mas essas coisas acontecem. E sinto que eu já fui a decepção de várias pessoas.

  Agora, pessoas que “usam” pessoas, fazem doer a alma. Eu sou meio suspeito, pois só sou amigo de uma guria, porque ela está com um amigo. Namorados. É meio tenso pensar sobre, mas acho que sozinho, evitaria conversar com ela. Tamanha sua inconveniência. Mas o ponto não é esse. E sim o uso de pessoas. Falar com alguém apenas para esperar sua hora, sua carona, qualquer coisa. Quando isso é descarado, quando a pessoa não é próxima. E quando a relação se vai na hora. Acho que isso não é tão ruim. Mas dispensar os amigos por puro capricho, isso sim.
  Uma estória degradante: um amigo dos tempos da quarta série, se afastou de mim e dos meus amigos na oitava. Quando conversa com ele, ele soltava um “é, e pensar que eu andava com você e com fulano”. Sempre. Eu: “qual é o problema, pow?”. Ele: “ah, manow, você usava um brinquinho e fulano usava calça de MOLETOM!”.
  Minha fé na humanidade foi pra casa do chapéu depois dessa. O que tem haver as roupas de uma pessoa? Foi pior quando um colega disse que eu não pegava ninguém pois minhas meias eram altas. Qual a relação, se elas ficam cobertas pela calça. E se elas nem atuam em uma trepada? Minhas experiências dizem que se deve tirá-las. Reflitam sobre. Sobre o quão fúteis são essas pessoas. E sobre a teoria das meias. E ainda sobre como “trepada” é o pior sinônimo pra sexo. Usei apenas pela situação. Ou não. 

Um comentário:

  1. Nossa, quero bater nesse cara que falou dos seus brincos e da calça de moletom.

    E, é... "trepada" é bem feio pra fazer menção à "sexo". Meio animal demais, haha.

    Enfim, esse assunto "amigos" é tenso. Sempre que começo a pensar sobre isso fico meio confusa... sou o oposto de você: aparentemente tenho muitos amigos (ou muitos bons colegas), mas não sei até que ponto eles estarão lá pra mim. E vice-versa.

    Well, well, well...
    beijito, eduzito.

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