Constatei que sou uma pessoa sem capacidade de foco. Ou sem capacidade de foco em mais de uma coisa, ao mesmo tempo.
Não consigo me interessar pelo violão, quando me interesso pelo desenho, e não consigo me interessar pelo desenho, quando me interesso pela leitura. E não consigo me interessar em nada, quando me interesso em fazer nada.
É difícil parar de ler, pra tocar violão. É difícil parar de desenhar, pra ler. Quanto mais uma coisa vai ficando interessante, mais eu não quero deixar de fazê-la. Tanto que é raro, eu desenhar e tocar violão no mesmo dia, por exemplo. Todo o esforço e vontade vai pra um só. Tentar alternar, não rola.
Talvez isso seja bom, pelo menos não deixo algo de lado, quando realmente engato nisso. Mesmo que a pilha de livros desminta esse fato.
Enfim, com essa constatação, constato que meu cérebro, outrora líquido, não simpatiza muito com muitas tarefas, e meios de expressão, ou informação.
Agora, como vocês podem ver, meu foco é na tentativa de escrever algo bonito, cheio de frescuras e palavras bonitas. Daqui uns dias volto a escrever sem saber escrever, do jeito que fazia antes; logo que me focar em alguma outra coisa.