15 de abr. de 2009

1, 2, 3, 4... 5! - Livros Definitivos

Na falta de vontade, concentração e se pex de tempo pra escrever coisas aqui, decidi pensar em mais uma lista, totalmente inútil, mas totalmente digna... pra mim. Enquanto monto, a exemplo do Tiago Dias, uma lista dos meus 50 melhores discos, uma missão totalmente egocêntrica, já que ninguém quer saber o que eu acho.

Mas enfim, em meio ao caos, às provas e aos tempos que tiro pra coçar o umbigo, ainda existe um momento para ler, algo que só comecei a fazer mesmo, em 2008, depues de ser apresentado a romances muito dos rootz, devo dizer.
Entonces, depois de uma semana de inatividade, mando diretamente do Word, pra cá, o:

Top 5 Livros Definitivos (que logo menos mudarão):

5) O Super Silva

Meu segundo livro, se não me engano, logo depois de Roverandom. Devia ter uns sete, oito anos, quando cheguei em casa, vi o livro na mesa da sala e fiquei curioso pra caramba, querendo saber de quem era, até que, no dia seguinte, minha irmã me disse que era meu, presente do namorado dela.
Livro fera, leve, e engraçado de forma simples, pelo menos pelo que me lembro. Vale a lida, descompromissada ou não.

4) Filhos de Anansi

Grande Neil Gaiman, apesar de usar praticamente a mesma estrutura pra todos os livros, acerta a mão com seu crássico modo de criar e povoar mundos, de forma primorosa. Mesmo Sandman sendo seu grande clássico-afudê-senhorissoémuitobemfeito-cacetedeagulha, Anansi não peca: é leve, rápido e muito engraçado, de tirar risos com diálogos que possivelmente, não eram para isso.

3) Matadouro 5

Atemporal, relativamente vertiginoso e, seguindo o padrão na lista, engraçado. A diferença é que esse, aparentemente, é feito para isso, além da crítica social, antimilitarismo e talz. O problema, se é que podemos chamar assim, é que você ri, quando deve chorar, quando o narrador-autor, após descrever Dresden destruída por um bombardeio pior que o de Hiroshima, manda um ‘Coisas da Vida’, seu jargão para TUDO, durante o livro. Tenso, simples, engraçado e reflexivo.

2) Laranja Mecânica


Cacete de agulha, esse livro é um tapa na cara, mas tão forte que você demora um tempo pra voltar a entender o que se passa. O autor/maníaco que escreveu esse livro, criou um dialeto próprio para seus personagens e, na primeira edição (e em alguns paises, até hoje) não colocou um glossário, deixando o leitor no escuro, e vomitando um punhado de ‘palavras estranhas’ a cada frase! Por sorte (ou não), hoje temos o glossário, e a leitura não é tão mais tensa, mas ainda assim, você se vê totalmente dentro de uma nova realidade, violenta, intensa e indefesa. ‘Bem-vindo ao futuro!’.

1) Neuromancer

Se Laranja Mecânica é um tapa na cara, Neuromancer é o pacote completo! Você não se sente encaixado, nem depois de muito, tanto pela forma de narrativa quanto pelo que é narrado: Gibson descreve coisas que, até hoje, as pessoas não entendem como são, e faz isso com mais força ainda, quando descreve os efeitos das drogas usadas pelo protagonista. Não dá pra explicar, e o trabalho da mente pra imaginar tudo isso, e pra encaixar as coisas na própria história é extremo, e o todo, o conjunto final, é por deveras gratificante. A ação é frenética, quando ocorre, o desenrolar não deixa a desejar nem um pouco e a escrotidão dos personagens e das situações (coisa mais legal, ver um diálogo cheio de ‘porra’, ‘cacete’ e afins, torna tudo mais próximo do humano real, sem idealizações) tornam essa pica o melhor livro já lido, até agora, e tenho dito!

P.S.: eu definitivamente devia revisar meus textos.

Toma-lhe!

7 de abr. de 2009

1, 2, 3, 4... 5! - Listas idiotas, pro fundo d'A Estante

Meh, hoje fui bombardeado por praticamente todos os professores sobre o Enem, o vestibular e sobre entrar em uma faculdade boa. Isso, pra mim e para um outro monte de pessoas, é o motivo pra estar estudando agora, com dedicação, ou sem (fora o fato de que somos obrigados a tal).

Mas, infelizmente temos que pensar no que fazer depois da faculdade, e isso, sinceramente, me gera um certo medo, já que como futuro artista, visual e/ou plástico, ou eu posso conseguir colher resultados muito dos rootz, como professor ou outra coisa melhor, ou posso ter menos moral que uma pedra, como, oh baga, professor ou outra coisa pior. 

Pensando nisso, decidi definir o meu primeiro Top 5, idéia obviamente chupada de Alta Fidelidade, e que estava sempre nos planos. Entonces, segue a primeira de muitas listas que virão... ou não.

Top 5 Empregos Definitivos (isso também rolar no filme, é coincidência, diga-se de passagem):

5) Produtor Musical

Conhecer os sujeitos, por tabela ter um conhecimento monstruoso sobre música e ainda ser pago (muitíssimo bem, por sinal) por isso me parece algo legal, desde sempre. Além de tudo, ser produtor é estar um passo a frente na empreitada de ser músico, e isso muito me apetece.

4) Diretor de Cinema

Diretor bom de cinema, seria o certo, porque diretor por diretor, tem muitos ruins pra caralho, e eu não queria ser parte dessa leva. Enfim, expressar as suas idéias ou a dos outros, prezando somente os aspectos visuais da parada é genial: expressar violência, emoção e intensidade funciona muito melhor quando feito visualmente, se executado bem. Óbvio que a imagem não é nada sem outros aspectos, e até se torna secundária, mas ainda assim, isso continua tr00.

3) Escritor

Se visualmente as coisas são expressas de forma melhor, a escrita é mais precisa, visto que não te dá tanta abertura para explorar outros métodos de comunicação, como a imagem, mas com um vocabulário e um estilo narrativo muito bons, o absurdo, o limite e as emoções podem atingir o leitor como um tapa na cara, talvez mais do que visualmente. Um exemplo fuleiro: se Funny Games fosse um livro, talvez fosse mais terrível e angustiante, se escrito de forma primorosa.
Enfim, ter como trabalho escrever é algo que eu faria e muito!

2) Artista Plástico/Visual

Isso é bem palpável, pode-se dizer, e a minha sorte é que ser um artista está na minha lista. Expressar-se por meio da arte pode te limitar muito, ou te abrir tantas portas que talvez você nunca consiga abrir todas. Espero me encaixar na segunda opção, transformar minha arte em um organismo parasítico e absorver tudo o que puder, sem medo de experimentar coisas diferentes, considerando que prender-se em uma só forma de expressão torna tudo mais “maçante”, uma hora ou outra.

1) Músico

Ter uma banda rootz é o “emprego” definitivo, tomar uma das coisas que mais gosto de fazer como forma de viver me parece incrível: além das possibilidades que isso traz, a música, na minha opinião, tem uma capacidade de interferir nas vidas alheias de uma forma colossal, seja como caos controlado, ou como barulho desenfreado, experimental e extremo. Nada é igual à sensação de se ouvir uma Paranoid Android ao vivo, e sentir que aquilo faz tanto sentido pra você, quanto para as pessoas que a fizeram. Conseguir afetar a vida de outras pessoas e até mesmo a sua própria por meio da música é algo difícil, mas que se atingido, transforma você e o ouvinte nas pessoas mais felizes possíveis. 


P.S.: escrever aqui é como escrever no word: as pessoas só lerão isso, se eu mostrar e apontar. A diferença é que um está na internet, e o outro não, mas ambos compartilham o fato de gerarem textos herméticos, e lidos por poucos.

P.S.2: agora me ocorreu que acabar no ‘pérolas do Enem’ é algo a ser evitado.

P.S.3: eu não reviso meus textos, só pra constar.


Toma-lhe.

6 de abr. de 2009

A verdade sobre ser besta OU Mãe, eu tentei

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no
  [Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Alberto Caeiro


Como entender o mundo, pelo tamanho do que vemos, se o nosso horizonte não é tão extenso? Não entendemos. Não entendemos nem quando o horizonte é realmente infinito, quando temos a oportunidade, econômica e mental, de nos informarmos, de ler o que queremos, de pesquisar mais leitura, de assistir algo que aumente nossa percepção. Ficamos acomodados a nossa época, de fácil digestão, e acabamos tomando quase tudo o que vemos como verdade (obviamente, generalizando).
O cara bom de bola, que anda numa caminhonete fodidamente grande, e compra um Nike de 500 dinheiros talvez se assemelhe ao garoto, na periferia da cidade, cuja vida se resume a, coincidência ou não, jogar bola, almejar um carro bom, e ter um Nike de 500 dinheiros. Ambos tem uma percepção ‘falha’ do que os cercas, a diferença é que um tem os meios, o outro não.


Mas o pinta marginalizado se interessaria pelo que o cerca, se tivesse os meios? Generalizando, como vou fazer sempre, possivelmente não. Ele se adequaria ao mundo onde as informações iriam para a área ‘verdades absolutas’ sem escalas, tamanha a sua facilidade de entendimento, o que gera a preguiça de ler, interpretar e afins... 


"Por que as coisas tem de ser fáceis de entender?". Não que ser fácil seja horrível, mas quanto mais mastigado, menos esforço, e isso nem sempre é bom.


Porém, o mesmo pinta, marginalizado, pode estar só esperando pela oportunidade de ampliar os seus conhecimentos sobre o mundo, e transformar a sua mente em um grande triturador de informações, devorar livros e se dedicar aos estudos, porque ele sabe que assim, ele pode deixar de ser o pinta marginalizado, pode deixar de ser um cara que fará parte das generalizações. Da mesma forma que o cara de boa renda pode desenvolver esse pensamento, que pra nossa geração aparentemente é difícil. Ora, o seu irmão mais velho lê grandes poetas e livros sobre política, já que ele veio de uma geração mais ‘acostumada’ a livros, e informações menos diretas.
Nós nascemos em uma era em que conhecimento tornou-se rápido, simples e direto, sem necessidade de se refletir sobre.

Enfim, saber, ou pelo menos achar que você sabe muito sobre o que te cerca, não te faz especial, mas possivelmente te dará condições maiores de, bom, entender as mudanças que logo menos rolarão no seu mundo, e o porquê dele ser assim.

Com esse texto patético, criado a partir de um rascunho de idéia (acento agudo 4 life), abro as atividades d’A Estante, o que dá uma noção do quão tenso será ler isso, até para mim.

Toma-lhe.

"Eu nem devia estar aqui hoje!"

Realmente, não devia, mas o jeito de se falar besteiras deve ser reinventado através dos tempos, ora. Por isso, começa aqui uma saga épica, com a intenção de resenhar, comentar, listar e divagar minhas opiniões sobre coisas e situações esdrúxulas e ruins, que não recebem seu interesse e muito menos o meu, mas precisam ser comentadas.

Ignorando os erros gramaticais e ocasionalmente o conteúdo, tenho certeza de que você também, vai amar o 'Na Estante'... ou não.