Mas enfim, em meio ao caos, às provas e aos tempos que tiro pra coçar o umbigo, ainda existe um momento para ler, algo que só comecei a fazer mesmo, em 2008, depues de ser apresentado a romances muito dos rootz, devo dizer.
Entonces, depois de uma semana de inatividade, mando diretamente do Word, pra cá, o:
Top 5 Livros Definitivos (que logo menos mudarão):
5) O Super Silva
Meu segundo livro, se não me engano, logo depois de Roverandom. Devia ter uns sete, oito anos, quando cheguei em casa, vi o livro na mesa da sala e fiquei curioso pra caramba, querendo saber de quem era, até que, no dia seguinte, minha irmã me disse que era meu, presente do namorado dela.
Livro fera, leve, e engraçado de forma simples, pelo menos pelo que me lembro. Vale a lida, descompromissada ou não.
4) Filhos de Anansi
Grande Neil Gaiman, apesar de usar praticamente a mesma estrutura pra todos os livros, acerta a mão com seu crássico modo de criar e povoar mundos, de forma primorosa. Mesmo Sandman sendo seu grande clássico-afudê-senhorissoémuitobemfeito-cacetedeagulha, Anansi não peca: é leve, rápido e muito engraçado, de tirar risos com diálogos que possivelmente, não eram para isso.
3) Matadouro 5
Atemporal, relativamente vertiginoso e, seguindo o padrão na lista, engraçado. A diferença é que esse, aparentemente, é feito para isso, além da crítica social, antimilitarismo e talz. O problema, se é que podemos chamar assim, é que você ri, quando deve chorar, quando o narrador-autor, após descrever Dresden destruída por um bombardeio pior que o de Hiroshima, manda um ‘Coisas da Vida’, seu jargão para TUDO, durante o livro. Tenso, simples, engraçado e reflexivo.
2) Laranja Mecânica
Cacete de agulha, esse livro é um tapa na cara, mas tão forte que você demora um tempo pra voltar a entender o que se passa. O autor/maníaco que escreveu esse livro, criou um dialeto próprio para seus personagens e, na primeira edição (e em alguns paises, até hoje) não colocou um glossário, deixando o leitor no escuro, e vomitando um punhado de ‘palavras estranhas’ a cada frase! Por sorte (ou não), hoje temos o glossário, e a leitura não é tão mais tensa, mas ainda assim, você se vê totalmente dentro de uma nova realidade, violenta, intensa e indefesa. ‘Bem-vindo ao futuro!’.
1) Neuromancer
Se Laranja Mecânica é um tapa na cara, Neuromancer é o pacote completo! Você não se sente encaixado, nem depois de muito, tanto pela forma de narrativa quanto pelo que é narrado: Gibson descreve coisas que, até hoje, as pessoas não entendem como são, e faz isso com mais força ainda, quando descreve os efeitos das drogas usadas pelo protagonista. Não dá pra explicar, e o trabalho da mente pra imaginar tudo isso, e pra encaixar as coisas na própria história é extremo, e o todo, o conjunto final, é por deveras gratificante. A ação é frenética, quando ocorre, o desenrolar não deixa a desejar nem um pouco e a escrotidão dos personagens e das situações (coisa mais legal, ver um diálogo cheio de ‘porra’, ‘cacete’ e afins, torna tudo mais próximo do humano real, sem idealizações) tornam essa pica o melhor livro já lido, até agora, e tenho dito!
P.S.: eu definitivamente devia revisar meus textos.
Toma-lhe!