14 de abr. de 2011

Chuva negra

As coisas têm sido sempre tensas demais, de um jeito menor; eu sempre falo de ter que estudar, de complicar tudo, de não conseguir ir atrás do que quero.
No fim, eu só estou praticando meu esporte preferido: reclamar como se minha vida fosse muito difícil.

Não vale a pena ficar remoendo sobre esse tipo de coisa muito mais, vai ser sempre a mesma ladainha e, ora, eu não vou resolver agora mesmo. O momento é de dizer que nossa, esse ano tá difícil, viu, mas para quê insistir tanto?

Enquanto isso, para confortar tudo, um monte de coisas legais acontece: saem os discos das bandas que eu mais gosto, os amigos vão ficando cada vez mais presentes e necessários e sinceros, depois de muito tempo toco guitarra e violão com vontade (até estou compondo coisas, veja só)...

Coisas pequenas. Às vezes acho que tão pequenas que só mostram o quanto minha vida anda mansa.

Nada de fatos grandiosos para me fazer dizer que o momento é sublime; é só ouvir esse disco novo do Camelo ou ser intimado para um toque (de mão mesmo).
No fim, acho que isso é o que fala de verdade; pequenos gestos e acontecimentos, frases que te tocam... É só saber ouvir, prestar atenção e engrandecer coisas banais.

Quando você vê, se acha deslumbrado repentinamente durante um segundo e meio.


Não é isso?

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