Quanto mais fotos de repúblicas mequetrefes-porém-cheias-das-boas-vibes e festinhas com sangue de boi e amor no coração, comentários sobre trabalhos cansativos e prazos estressantes que ai meu deus, aquele professor maldito não podia ter dado; a cada relato dessa vida de quem estuda fora, proporcionados pela maior rede social do século XXI nesse ano (o facebook), um pensamento vencedor me passa pela cabeça, sempre: eu vou dar conta de lavar minhas roupas à tempo? Porque eu sinto que sou o tipo de cara que vai usar sunga para não ter que apertar três botões, etc etc.
Nesses tempos confusos eu tenho pensado nessa de ser maduro para as coisas. Parece que entrar na faculdade te coloca uma aura ao redor, que suga teu quinhão de besteira para sempre e substitui por uma necessidade bocó de ser categórico o tempo todo e se afastar de quem, hahaha, não está acima da nota de corte.
A cena padrão dos últimos tempos, ouvir de quem nasceu uma primavera antes de mim um cretino “você ainda tem muito que aprender da vida”. Não deixa de ser verdade, admito: eu mal sei escrever um texto com coerência entre os parágrafos, lá vou saber todas as manhas desse jogo fundamental? O que incomoda é a pompa, o ar de deboche; é aquele filho da puta que gosta de Lars von Trier e se acha especial por isso, te pintando como um débil mental para todo mundo na mesa.
Questão de não ser imbecil, mas também não ser cabaço.
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