10 de set. de 2011

Menos frases sacais, mais palavrões em caixa alta

Lendo uns posts antigos, vejo como meus textos deixaram de ser “confortáveis” para se tornarem áridos, distantes e simbólicos demais; falam mais da vida do que sobre mim, e de um modo tão distante e geral que às vezes eu tenho que puxar na memória, com muito esforço, o que eu queria dizer de fato com isso ou aquilo.

Pode parecer egocentrismo achar que a impessoalidade é uma falha, mas o espaço está aqui para isso, acho. Quando eu leio o blog de alguém, conhecido ou não, eu espero ver alguma parte significativa da pessoa; algo que seja íntimo, mas não necessariamente profundo.

Certo que, ao mesmo tempo que com as palavras eu venho sendo mais conciso, a exposição do que eu sinto é bem maior, em um nível pessoal. Só preciso aprender a remediar os dois, mas sem muito exagero, como agora.

E eu não posso fingir que não sei os motivos, porque eu sei: é a vontade de ser certeiro e muito inteligente e muito legal, para se equiparar ao resto da rede mundial no quesito “amargurado com a vida só que de um modo irônico e produtivo”. Tem funcionado tão bem que, na falta de alguém pra achar isso bobo, eu faço as vezes.

Simplicidade, mas não sequidão; não embelezar demais, mas não tirar demais.

Todo texto, no fundo, é só uma conversa de boteco. Se tu não se sente feliz relembrando cada uma, é porque alguma coisa tem que mudar.

Um comentário:

  1. Mais palavrões em caixa-alta e mais exclamações, talvez.

    Sinto falta disso às vezes, também.

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