31 de ago. de 2010

Internet: negócios sérios

Acho engraçado como quem está fora de alguma coisa, e vê tudo de longe, ou só ouve sobre, quer ter propriedade pra comentar de algo (eu faço isso direto, mas eu a hipocrisia já estamos entendidos). Pode ser qualquer coisa, mas especificando, sobre a internet.

Naquele domingo agradável, quase de lei, você pode curtir uma matéria maneiríssima no melhor programa de variedades da televisão brasileira (Fantástico), sobre: a) os riscos da internet para o seu filho (abrange bullying e pedofilia) ou b) como fazer dinheiro com a pequena empresa que você leva com seu cunhado usando a rede mundial.

Depois de assistir esse momento roteirizado por Felipe Neto (vejam bem, não tenho certeza, é só uma suposição), a galera ADULTA começa a dizer que a interweb, esse lugar formidável, e todas as suas ferramentas sociais, devem se render a esse conceito no mínimo absurdo de que todo o conteúdo repassado entre as quatro paredes do seu monitor deve ser, sem exceções, útil para alguma coisa.

A equipe da Estante concorda que chilicar porque o pessoal JOVEM, SAUDÁVEL e LIGADINHO não discute aquele artigo bem bolado sobre o sistema de saúde americano é assinar o atestado de cabação; é como querer chegar no fondue dos brothers e decidir que o mais correto é fazer um churrasco.

De repente, parece imbecil curtir uma paródia pornográfica de blockbusters ou compartilhar o melhor do funk satânico no seu MICROBLOG (twitter). Amg, não vamos nos desviar do real foco da internet: uma curtição moleque e irreverente, flertando no msn ou vendo vídeos engraçados no youtube.

Se você lê a Veja online ou se inscreveu no canal de algum vlogueiro, você está do lado errado da conexão banda larga.

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