10 de jan. de 2011

Um ano fundamental

Dois mil e onze tem tudo para ser um ano ao mesmo tempo grandioso e terrível.

Logo de cara, me inscrevi em uma academia, esse antro de saúde, músculos, amizades, imobilidade temporária e gatas correndo na esteira.
Vou ficar sarado, e colecionar namoradinhas ao longo do ano. Ou apenas perder meu buchinho e já ficar feliz com isso.

Na escola, o terceiro colegial: apogeu dos menores de dezoito anos (eu) que acham que terminar a escola é o maior sinal de maturidade; a entrega do seu diploma sendo também uma passagem simbólica de toda sua masculinidade duramente conquistada.
Apenas para uma curtição mais explícita, unificadora e moleque, o colégio proporciona momentos únicos bacanas (churrascos, etc etc), e outros nem tanto (trotes, todos vestidos de mulher, etc etc).

Ainda no âmbito educacional, a chegada do vestibular.
Eu tento não pensar nisso, mas depois de dois mil e dez, aliviei um pouco da tensão em volta.
Também não ligo para um ano de cursinho.

No conservatório, o fim do curso técnico (teoria), e, além da eterna labuta que é o violão, o começo de uma nova empreitada loka: aulas de trompete.
Aguardem minha transformação em um músico de jazz, conectado como nunca aos dizeres da minha alma, à essência do improviso e a roupas que ostentam elegância e despojamento. Boinas, por exemplo.

Na vida, a maioridade. Tem todo uma glamourização em volta, mas acho que a única coisa que vou tirar disso, é poder entrar nos lugares em que sempre quis entrar, sem precisar mostrar meu RG feito no paint. Vou me frustrar nos primeiros dez minutos, mas tudo vai ser recompensado pela vibe ao redor do momento.
Fora isso, apenas a indiferença em ter um carro (parte fundamental de toda a curtição dos dezoito anos), e o julgamento intensificado dos amigos sobre nunca ter tido noites de amor com uma bela mulher.



Volta 2008.

3 comentários:

  1. "Vou me frustrar nos primeiros dez minutos" - verdade, mas é normal

    Edu faz o futuro parecer nostálgico

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  2. Dica pré e pós-vestibular: uma punheta antes e outra depois.

    Adeus tensão, amg.

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  3. querido, seu tempo é lindo. a boina vem com o tempo, até mesmo para aqueles que não passaram por transformação nenhuma, o que não é o seu caso. as mulheres, meu irmão, são divinas, não têm hora. e eu, agora estou como a mulher que desvairou na quarta feira: não sei o que penso, mas me sinto bem por você.

    um beijo

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