- Alô.
- E aí? – Fulano.
- Tudo na boa, cara – Rodrigo.
- Véi, seguinte, bora comigo ver uns sprayzes? Depois a gente vai pra casa da Marina, ela chamou pruma janta e talz.
- Quando?
- Hoje, ué.
- É, isso eu entendi. Mas que horas?
- O spray ou a janta?
- Os dois.
- Spray daqui uma hora, eu passo aí, a gente vai. Janta, lá pelas sete, a gente vai junto.
- Tu sabe quando tu tá ficando velho, quando teus amigos te chamam numa segunda, pra um jantar, manow.
- Bem isso mesmo, mas tá na hora de virar gente, né?
- Marromenos.
- Então buenas, passo aí daqui a pouco.
- Tá.
Roberto resolveu falar com o porteiro, amigo dele; qualquer coisinha que ameaçar foder o graffiti, ele dá um toque. Uma semana, é o tempo que a pintura vai ficar no muro, limpinha. Depois disso, outro alguém manda algo, ou fica coberto de pixo. Mas não tem problema.
Toca a campainha.
- Foi mal, atrasei.
- Bora comprar isso rapidin, e ir pra casa da Marina. Quem vai?
- Eu, você, a Fernanda, Renata, Fábio, Marília, o Manow, Ricardo e a Juliana.
- Juliana?
- Desconheço, amigo. Ela me disse que ia, só. Amiga das meninas e talz.
- E o Roberto?
- Foi viajar ontem.
- Vocês não iam pintar o muro lá do prédio?
- Sim, vai rolar e talz, ele volta quinta.
- Ah sim.
- Marina?
- Fulano?
- Isso. Então, eu tô aqui com o Rodrigo, cê tá na sua casa?
- Não, tô no mercado, comprando as paradas pra janta. Por que, cês queriam ir pra lá?
- É.
- Onde vocês ‘tão?
- Claro.
- Mas eu vou demorar uma meia-hora, pode ser?
- Aham.
- Então tá, tchau.
- Tchau.
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