6 de jul. de 2010

Alcunha

É de conhecimento geral (eu e os envolvidos, esse é o geral) que eu tive uma banda.
Pois bem, vez ou outra, às vezes por acidente, às vezes de propósito, eu vejo uns vídeos da Era Eduardo – a época em que eu fiz parte, tocando e vez por outra cantando – e fico relembrando o quanto isso foi legal e, ao mesmo tempo, horrível.

Tudo começou quando eu e dois broders passamos umas 4 horas falando sobre como seriam nossos clipes, e sobre quais seriam nossas influências.
Achei que ia ficar por isso mesmo, mas todo mundo se animou e realmente fomos atrás de formar a banda: começamos a agendar uns ensaios, decidir as músicas e conversar bastante sobre isso.
Era eu, um amg baterista, e outro amg guitarrista que, mocinha que só ele, foi em dois ensaios e rapidinho expulso da banda. Ficamos só eu e o baterista, não fazendo quase nenhum progresso, mas mandando melhor que o White Stripes com nossos covers de Ramones, Blink-182 e Strokes.
E ficou assim um bom tempo, até que nós tivemos a brilhante idéia de cada um aprender a tocar sua parte ANTES de ensaiar; isso nos rendeu nossa primeira música tocada de verdade (Fluorescent Adolescent, agora com um baixista meia boca), que tu acha no nosso canal de vídeos preferido (youtube), comigo cantando. Isso em 2007.
Em 2008, descolamos um amg guitarrista, um amg vocal, e o nome dessa falcatrua era Nickname (alcunha, pros leigo).
Daí pra frente, começou a patifaria: discussões em todos os ensaios, chiliquinhos e essas coisas de gibi.
Começou a acabar quando começaram a não me chamar pros ensaios, e terminou quando fizeram a mesma coisa com o vocal.
Dizem as lendas que a banda taí até hoje, mas não sei.

Enfim, toda essa descrição Wikipedia pra deixar aqui uma coisa que fez parte da vida.
Nada é tão legal quanto ver as coisas dando certo e funcionando, depois de você se dedicar a isso. Tu fica mais próximo das pessoas, acho, e numa ida meio egoísta, é bacana poder dizer que aquilo é seu, que você se esforçou pra fazer tal e tal coisa.
Mas em três anos, isso me fez perder amizades que, taquipariu, nem se eu tentar muito, vão voltar; aquela história de um tentar ser mais babaca que o outro, alternando pra ver quem esculacha mais as coisas.
Sei lá, é um pouco triste ver que eu não faço parte desse grupo mais, mas eu sei que se eu tentar entrar, eles vão achar uma desculpa (e eu vou dar motivos) preles não me chamarem para um fondue maneiro.
No mais, deixa assim; as coisas bacanas que rolaram, não deixam de ser bacanas.

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