19 de jul. de 2010

Deixa Ela Entrar


Deixa Ela Entar é um filme sueco, que conta a história de Oskar, um guri que sofre na mão dos colegas, e que se apaixona por sua recém-chegada vizinha, Eli, que é uma vampira.

O jeito que as coisas rolam é muito bom, e tirando a parte de Eli ser um ser secular que sobrevive de sangue, você torce para tudo dar certo do mesmo jeito que em qualquer filme. Só que aqui as coisas são um misto formidável de comédia romântica e morbidez, porque ao mesmo em que você torce para eles não se separarem, você fica na expectativa de ela matar a galera sem ser pega.

O clima consegue ser tenso quase todo tempo; o que muda de momento para momento, é o quanto é. E nem os bons se livram, porque você ainda assim você fica pensando no que pode dar errado.

Uma das coisas que deixa tudo bem interessante, é a história “paralela”, que mostra como os amigos da primeira vítima estão levando isso, e que vai sempre trombando com a história de Oskar e Eli, de forma bem significativa.

Detalhe para as características típicas do vampiro moleque, aquele clássico, que são mostradas hora com sutileza, hora bem na cara, como a piração pelo sangue, a aversão ao sol e, principalmente, a necessidade de ser convidado pros lugares (daí o nome). Se você chilica com Crepúsculo e fica de frescura pra assistir esse filme, parta pra outro monstro.

A violência é precisa: cabeças e braços decepados não deixam as coisas apelativas, e Eli coberta de sangue não deixa elas desandarem.

Dá pra passar um bom tempo dizendo como é genial a abordagem da adolescência de Oskar junto com a situação de Eli; que isso talvez seja uma metáfora paras as transformações da vida e que os dois são a representação de adaptação das pessoas, e da busca por um lugar em que se encaixem. Mas isso tu pode ler em todas as resenhas encontradas no site Google.

Antes de ir pro fim, um comentário para os amgs que assistiram, com spoilers: Oskar fugiu com Eli. Se os dois vão ficar juntos, ele possivelmente vai fazer o papel do guardião morto de Eli, e ajudá-la. Seguindo essa lógica, o guardião poderia ter sido um Oskar, apaixonado por ela, e disposto a manter ela viva. Comentem essa semente de discórdia.

O filme é bonito, triste, perturbador, e muito bom.

Um comentário:

  1. "Detalhe para as características típicas do vampiro moleque, aquele clássico, que são mostradas hora com sutileza, hora bem na cara"

    não seria 'ora'? (desculpa essa pentelhice, sou maníaca do typo)

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