8 de nov. de 2010

A quem possa interessar

É engraçado que tem nego que te olha no olho, e fala que é muito foda te reencontrar, que tem que voltar a amizade mesmo. Só que foda é ouvir, por outra pessoa, que por ele eu podia me foder, que eu nunca fui muito amigo mesmo.

Tudo bem, já disse o que eu penso sobre perder amigos: eles vão embora, e tu não pode fazer nada. E se pode, eu digo sem nenhum peso que tentei fazer.
Por mim, cada um vai pro seu lado.

Mas uma pontada de ressentimento, ou de consideração fica, e eu fico impressionado com quanto uma pessoa pode regredir conforme o tempo passa.
Pára mesmo de querer saber das coisas, e ir pra frente no que gosta e, no caso, precisa fazer.
Tá certo, quem sou eu pra julgar isso? Nem amigo eu sou mais. Nunca nem fui.

Mas dá licença que eu vou falar: “pára de pensar que todo mundo que não te ama, te odeia”.
Não fui eu que disse, amigo meu. Resumiu todo o drama, e toda a atitude de uma pessoa.
E eu falo porque sei, não porque eu vi e ouvi coisas dos outros: seis anos de convivência.

Sou idiota por falar como quem já tem idade avançada, mas não dá pra não ser esse tipo de pretensioso vendo o quanto alguém pode ser infantil.
“Não quero mais saber de reclamações”. Então abraço, tu abre essa porta e deixa de viver.
Nem tudo que tu faz é bom, e nem tudo que tu faz precisa ser bom. Concordo que um elogio faz falta às vezes, mas a crítica faz parte, para o bem e para o mal.

Tudo questão de ir de leve, e saber separar as coisas.
Mas isso é sobre pessoas, e não sobre como agir.

Talvez seja meio mulher de malandro continuar me preocupando com isso, mas tanto tempo de amizade (ou qualquer outro nome, ou qualquer coisa que diga não-amizade) merece.

No mais, que se foda (e isso ainda pode ser muito gentil).

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