Fui na casa de uma amiga ontem com uma galera, e daí a gente sentou numa estradinha de concreto, cercada por grama e árvores. Ela mora nesses condomínios de casinhas iguais e talz.
Enfim, estávamos num clima de descontração, violão em punho, palavras se juntando em frases ligeiras formando piadinhas e fazendo todos rirem. Afinal, todos só queriam curtir essa festa linda.
Até que essa amiga minha, que se mudou de São Paulo esse ano, virou e disse pra mim:
“Que clima BUCÓLICO!”
“Q”
“Puta clima de campo, meo”
“Cacete, é um gramadinho só”
“Nem interessa”
“Esse é o máximo de CLIMA DE CAMPO que tu já viu?”
“Claro que não!”
“...”
“Já fui num HOTEL FAZENDA!”
Essa conversa só me mostra uma coisa: o rumo dessa galera que frequenta a Augusta e curte fumar uns cigarros que roubou da mãe enquanto paquera aquela gatinha indie com a meia-calça rasgada cabelo repicado e wayfarer, chama pra ir numa padoca e sobe pro apartamento do amigo já formado em design pra “finalizar” ela (me apropriei do termo, abs).
Ou apenas, aquela clássica anedota do paulistano que vai pro interior e pergunta o que é uma galinha.
O engraçado é quem sai do meio das galinhas e vem morar na Augusta, passa a achar menina de meia calça rasgada interessante e para finalizar fuma um cigarro para continuar com o vício de quando ainda paquerava as menininhas do interior.
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Marcelo Quaz